quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Animação dos Sacis para o comercial do banco Econômico, quem lembra?

Esse ano tem Copa do Mundo. E pensar que já vai fazer quatro anos do vexame que nossa seleção passou, mas não vamos pensar nisso. Nesse ano estou desmotivado, principalmente por conta da seleção brasileira, mas é interessante ver essa data se aproximando, e com ela a promessa de um possível novo título mundial (duvido muito), a mania do brasileiro de enfeitar as ruas mesmo o país não merecendo nada disso, as propagandas, campanhas na TV, o assunto nas ruas, as farras, bebedeiras e suas eventuais confusões, barulheira de fogos em cada esquina e as crianças comemorando nas escolas, sempre aprendendo a importância que essa época significa na vida de todos nós. Sem contar quando os trabalhadores ganham uma folguinha nos dias de jogos da seleção brasileira. Acaba que mesmo quem não gosta de futebol se afeiçoe por essa data tão especial. Mas para mim essa época é mais interessante quando se é criança mesmo, como qualquer outra data comemorativa. Lembro dos álbuns de figurinhas que eu colecionava e nunca completava, dos gibis do Pelézinho, e, talvez minha lembrança mais interessante da Copa de 94, do comercial do Banco Econômico. Naquela época, passava na TV um comercial de uma animação com uns bichinhos da floresta jogando futebol em um campinho, logo depois apareciam uns Sacis e ajudavam o time perdedor a dar uma virada. Tratava-se de uma propaganda do Banco Econômico, extinto um ano depois, tinha uma animação muito bem feitinha e um jingle que eu achava o máximo, passava direto no período em que não se falava mais nada além da Copa de 94. Não demorei a aprender a adorar esse comercial, e logo que eu começava a ouvir o início da musiquinha ´´Era um time chamado, Esporte Clube Floresta Brasiiiil...`` corria para a frente da TV para ver esses Sacis entrando em ação numa curiosa disputa de futebol envolvendo times de animais. No entanto, não me interessava em saber do que o comercial se tratava, e passei os anos seguintes sem ouvir mais falar dessa campanha publicitária, mas sem tirar da memória totalmente, louco para encontrar informações a respeito desse comercial que tanto me encantou na infância. Para quem sabe do que estou falando e quer relembrar, ou mesmo conhecer, assista a esse comercial a seguir.



Gostou da animação? Não foi nada fácil encontrar informações a respeito, mas fico feliz em saber que já há tempos o Brasil produzia animação de qualidade em filmes publicitários, mesmo que bem curtinhas. A agência em questão é a Propeg, que criou a campanha para o Banco Econômico, numa parceria iniciada ainda em 1981. De lá para cá os três Sacis participaram de outras propagandas memoráveis para outras gerações, assim como a de 94 foi para mim, com os mesmos personagens carismáticos que são a cara do Brasil, o mesmo estilo de animação e os jingles fofinhos cheios de metáfora à economia, poupança e inflação.





Realmente é um comercial muito criativo. Os jingles não estão nada abaixo da qualidade da animação, pena ser difícil encontrar informação sobre os cantores. Os três Sacis, assim como todos os outros personagens, como os bichinhos da floresta e o dragão, são criações do desenhista argentino Hector Horácio Valdez. O estúdio paulistano Sketch se encarregou de produzir a animação. 
O Banco Econômico não existe mais, e consequentemente os personagens da campanha sumiram, mas o estúdio Propeg continua em atividade.
Que os estúdios de animação brasileiros continuem produzindo conteúdo, seja conteúdo publicitário, curtas, longas, e que conquistem cada vez mais gerações, assim como os personagens dessa querida e saudosa campanha. Criatividade temos de sobra, o que falta é um bom investimento. E eu quero ver animação dessa qualidade em franquias cinematográficas, ou mesmo séries televisivas. É só caprichar, que atinge até mesmo um público mais amplo.

Ps: Essa musiquinha que vocês vão ouvir a seguir eu não sei se era de um comercial na TV, mas ouvi falar tão bem dela que vou deixar aqui para vocês ouvirem. Vai que quem for mais velho que eu se lembre dela e mate a saudade.